Por que o meu grupo de oração não enche?

Em minhas idas e vindas dentro do ministério de pregação e agora de comunicação, tenho visto o quanto nosso Senhor Jesus tem agraciado imensamente a nossa Diocese de Campo Limpo, em especial dentro da Renovação Carismática Católica. São mais de 100 grupos de oração cadastrados e esse número não pára de crescer. São diversas realidades que hoje desejam crescer e se aprofundar na espiritualidade carismática e isso enche o nosso coração de alegria, deixa-nos esperançosos e cheios de grande entusiasmo para tocar com cada vez mais confiança o projeto de Deus.

Porém, não posso deixar de salientar aqui algo que tem inquietado o meu coração. Algo que já há algum tempo não posso deixar de expor para que possamos crescer cada vez mais em “estatura e santidade.” Existem diversas realidades e com isso, várias situações. Alguns grupos têm a graça de arrebanhar multidões e outros têm apenas um pequeno grupo de fiéis que não perde em nada o fervor e a unção. Já estive em vários deles e cada vez mais me surpreendo com a fé do povo. Não há nada de errado em se fazer o grupo de oração para um grupo pequeno de pessoas, ainda que muitas vezes o desânimo bata à porta do nosso coração. Lembro-me de uma vez em que estava ministrando no início do grupo de oração que participo e durante a oração o Senhor deu uma palavra de ciência revelando que ali na assembléia havia uma mulher que tinha ido a Igreja naquela noite para se despedir, pois depois, ao chegar a casa, tiraria sua vida. Lembro-me que o grupo não estava cheio, estava até vazio para a proporção da Igreja que é grande. Não soube daquela mulher durante muitos anos, até que um dia, participando de uma formação para o ministério de pregação, uma senhora se aproximou e disse:

- É você! Obrigado Jesus... você salvou a minha vida!

Claro que não fui eu que salvei a vida dela, foi Jesus. Mas eu fiquei atônito, sem a mínima reação. Aquela mulher, então, contou-me sobre o dia em que proclamei que ela estava na Igreja se despedindo para morrer em casa, há muitos anos e que aquilo salvou a vida dela, porque ela viu que Jesus se importava com ela. Depois que ouvi isso, passei a refletir sobre os grupos de oração que tem menos pessoas, um pequeno grupo de fiéis de toda semana. Muitas vezes, é assim que o Senhor age. É assim que ele resgata o coração humano da morte. Ele age em multidões, mas também em pequenos grupos aonde se pedirmos com fé, Deus abre as comportas do céu para nós.

Porém, também não posso deixar de partilhar a negligência de alguns coordenadores que estão deixando os seus grupos de oração definhar por falta de empenho. São Bento dizia sempre “ora e labora”, ou seja, ora e trabalha. Onde estão os panfletos (mesmo que em preto e branco) para convidar as pessoas a participarem do grupo de oração? Onde estão as pessoas que saem as ruas para convidarem o povo afastado a vir para a igreja participar do grupo de oração? E o ministério de acolhida, que fim tem tido dentro dos nossos GO´s?

Perguntas simples com respostas diversas. A verdade é: essa obra não é nossa e sim do Espírito Santo e ele com certeza disporá os meios necessários para que consigamos cumprir a missão que Jesus nos confiou.

Façamos a vontade de Deus!